segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não é agora, mas agora é muita coisa.

Não é agora do alto dos seus vinte anos que você vai receber um Nobel da Paz. OK, a não ser que você seja Malala, pode tirar o cavalinho da chuva.

Isso não te tira o lugar de fazer coisas incríveis e trazer o movimento pra vida. Mas aquela sensação de PUTAQUEPARIUESTOUNOAUGEDAMINHAVIDA não vai rolar agora. Ela é rara, bem rara. E além de rara (repito pra que você fixar bem), ela é efêmera.

Todo mundo diz pra gente procurar essa maldita sensação o tempo todo, mas ninguém diz pra gente que ela dá e passa, ninguém conta pra gente o depois do primeiro ano de casamento, depois da primeira briga, depois que a tatuagem cicatriza e todo mundo já viu, depois que você entrou no ônibus e deu tchau. 

Eu sei, é viciante. Mas a sensação de sentir o agora também é. E lhe garanto que é melhor do que ficar zanzando até encontrar aquela sensação de plenitude. Eu garanto a você (e até pausei aqui pra fazer isso), que se você respirar agora vai poder sentir que está tudo bem. Pode ser que a conta esteja atrasada, que a mãe esteja doente, mas agora agora mesmo, nesse átimo de segundo está tudo bem dentro de você.


Respire o agora. 


Uma crônica sobre o movimento de parar.

Depois de um mês e meio de pura decepção, eu finalmente caí na real.
Mas antes disso acontecer, muitas outras coisas precisaram vir à tona.
Essa "coisa"(vou chamá-la assim, ok?) procurei nos livros,
nos filmes, nas palavras de Duvivier para Clarice.
Procurei nas fotos antigas das pessoas que eu admiro.
Procurei na tatuagem da minha pele e nada.

Não a encontrei "a coisa", apesar de ter achado muitas outras coisas e pessoas bonitas.

Mas essa coisa que eu tanto precisava, finalmente apresentou-se hoje pra mim e veio em forma de verbo, conjugado na mais pura intimação , aquela que dói a garganta quando é dita.
Era o verbo parar dizendo: - PARE!

Não era um "por favor, pare" ou um "pare, se cuide", era um PARE MAIÚSCULO, vindo acompanhado da menina intrometida chamada exclamação que como sempre veio toda exclamativa sem sequer ser convidada.

Pare não é uma palavra que cabe escolha. Aliás, todas essas interjeições não abrem precedentes pro pensamento, a não ser que este pensamento seja o verbo pensar.  Mas nem esse é natural, é coisa de partir pra ação mesmo, sem nem pensar duas vezes.

E depois de tanta espera, veio o movimento da vida.
Nunca uma parada teve tanto movimento.
Viva as interjeições da vida, viva as amigas exclamações que chegam acompanhadas como se dissessem: "- vai amiga, fala pra ele, vai. Vai logo!"

e eu fui.

Que áreas da sua vida andam precisando ser interjeitadas? Interjeite-se.






sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Um dia desses tinha música diferente todo dia, tinha filme com pipoca toda semana, tinha crônica pra aquecer o coração todo mês, tinha também várias e várias e várias promessas todo ano.

Um dia desse tinha amanhecer de sol e mar. Tinha corrida, desafio, tinha sorriso, tinha fotografia diária, tinha vinho, tinha aquele medo que antecede as melhores coisas do mundo, tinha vontade de dançar na chuva.

Eu estou voltando pra esse lugar, só vim avisar a mim mesma.



3x4

Eu vou fazer uma identidade nova. Ainda tenho a primeira aqui comigo, mas se tornou impossível andar com aquilo e chamar de rg. Primeiro qu...